Qual a melhor dieta para Lipedema?

O lipedema é uma condição médica crônica que envolve o acúmulo anormal de gordura, geralmente nas pernas, coxas e quadris, causando uma aparência desproporcional e levando a desconforto físico e emocional. Embora a dieta por si só não possa curar o lipedema, uma alimentação adequada pode ajudar a gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Aqui está uma visão geral da melhor dieta para o lipedema:

1. Dieta anti-inflamatória:

  • Opte por alimentos que ajudem a reduzir a inflamação no corpo, como frutas e vegetais frescos, peixes ricos em ômega-3 (salmão, sardinha, atum), nozes, sementes e especiarias naturais anti-inflamatórias como cúrcuma.

2. Controle de calorias e porções:

  • Manter um peso saudável pode ajudar a reduzir a progressão do lipedema. Portanto, é importante controlar a ingestão calórica e prestar atenção às porções dos alimentos para evitar o ganho de peso excessivo.

3. Dieta rica em fibras:

  • Alimentos ricos em fibras, como grãos integrais, legumes, frutas e verduras, ajudam a promover a saúde digestiva e a regularidade intestinal, o que pode ser benéfico para pessoas com lipedema.

4. Redução do consumo de sal:

  • O consumo excessivo de sal pode levar à retenção de líquidos, o que pode piorar os sintomas do lipedema, como inchaço e dor. Portanto, é recomendável reduzir a ingestão de alimentos processados e salgados.

5. Hidratação adequada:

  • Beber bastante água é essencial para a saúde geral e pode ajudar a reduzir o inchaço associado ao lipedema. Evite bebidas açucaradas e com cafeína, pois elas podem contribuir para a desidratação.

6. Evite alimentos processados e ricos em gordura saturada:

  • Alimentos processados, fast food e gorduras saturadas podem contribuir para o ganho de peso e piorar os sintomas do lipedema. Opte por alimentos frescos e integrais sempre que possível.

7. Consulta com um nutricionista:

  • Cada pessoa é única, e as necessidades nutricionais podem variar. Consultar um nutricionista pode ajudar a desenvolver um plano alimentar personalizado que atenda às necessidades individuais e aos objetivos de saúde.

Em resumo, uma dieta saudável e equilibrada, juntamente com um estilo de vida ativo, pode ser benéfica para pessoas com lipedema. No entanto, é importante trabalhar com profissionais de saúde qualificados para desenvolver um plano de dieta e estilo de vida adequado às necessidades individuais e objetivos de saúde.

Qual a vantagem do endolaser para tratamento da safena?

 

Entendendo o Tratamento com Endolaser para Veia Safena

O tratamento com endolaser para veia safena é uma opção moderna e minimamente invasiva para tratar a insuficiência venosa crônica, uma condição na qual as veias não conseguem transportar eficientemente o sangue de volta ao coração. Esse procedimento é frequentemente utilizado para tratar varizes e outras complicações relacionadas à veia safena.

O que é a veia safena e por que ela é tratada com endolaser?

A veia safena é uma das veias principais das pernas que transporta o sangue de volta ao coração. Quando essa veia não funciona adequadamente, pode resultar em varizes, inchaço, dor e outros sintomas desagradáveis. O tratamento com endolaser visa fechar ou destruir a veia safena doente para redirecionar o fluxo sanguíneo para veias saudáveis.

Como funciona o procedimento de endolaser para veia safena?

O procedimento é realizado por um cirurgião vascular e pode ser feito em clínica ou em hospital. Aqui está uma visão geral do processo:

  1. Anestesia: O paciente recebe anestesia local ou regional para garantir conforto durante o procedimento. Em alguns casos, a sedação pode ser utilizada para ajudar o paciente a relaxar.
  2. Inserção do cateter: O médico faz uma pequena incisão na pele, geralmente na região da panturrilha ou do tornozelo, e insere um cateter fino na veia safena doente.
  3. Aplicação do laser: Uma vez que o cateter está posicionado corretamente, uma fibra ótica é inserida através dele. O laser é então ativado, emitindo energia térmica que aquece e danifica a parede interna da veia safena.
  4. Fechamento da veia: O calor do laser faz com que a veia safena se contraia e se feche. Com o tempo, o corpo reabsorve a veia fechada, eliminando-a do sistema venoso.
  5. Recuperação: Após o procedimento, o paciente pode retornar para casa no mesmo dia. Recomenda-se evitar atividades extenuantes por alguns dias e usar meias de compressão para ajudar na cicatrização e na prevenção de complicações.

Quais são os benefícios do tratamento com endolaser para veia safena?

  • Minimamente invasivo: Não requer incisões cirúrgicas significativas, resultando em menor tempo de recuperação e menos complicações.
  • Eficaz: Muitos pacientes experimentam alívio dos sintomas das varizes e melhora na circulação após o procedimento.
  • Menos dor: Comparado à cirurgia convencional de safenectomia, o tratamento com endolaser geralmente causa menos dor e desconforto.

Em resumo, o tratamento com endolaser para veia safena é uma opção segura e eficaz para muitos pacientes com insuficiência venosa crônica e varizes. No entanto, é importante discutir todas as opções de tratamento com o cirurgião vascular para determinar a melhor abordagem para cada caso específico.

Como funciona e para que serve o tratamento de espuma para varizes

Entendendo o Tratamento de Espuma para Varizes

As varizes são aquelas veias dilatadas e tortuosas que aparecem geralmente nas pernas e podem causar desconforto e preocupação estética. Felizmente, existem várias opções de tratamento disponíveis, uma delas é o tratamento de espuma, também conhecido como escleroterapia com espuma.

O que é o tratamento de espuma para varizes?

O tratamento de espuma para varizes é um procedimento minimamente invasivo utilizado para tratar varizes e microvarizes. Consiste na injeção de uma solução especial na veia afetada, que causa o fechamento da mesma, fazendo com que o sangue seja redirecionado para veias saudáveis.

Como funciona o procedimento?

Primeiro, o médico cirurgião vascular avalia as varizes e decide se o tratamento de espuma é adequado. Durante o procedimento, uma solução esclerosante (o polidocanol) é misturada com ar, criando uma espuma. Essa espuma é então injetada na veia afetada através de uma agulha fina.

O que acontece depois?

Uma vez dentro da veia, a espuma irrita a parede interna da mesma, fazendo com que ela se feche. Com o tempo, o corpo absorve a veia fechada e o sangue é redirecionado para veias saudáveis. O procedimento égeralmente rápido e pode ser feito no consultório médico, sem a necessidade de internação hospitalar.

Quais são os benefícios do tratamento de espuma?

O tratamento de espuma é considerado seguro e eficaz para muitos pacientes. Ele oferece vários benefícios, incluindo:

  1. Minimamente invasivo: Não requer incisões cirúrgicas, o que significa menos tempo de recuperação e menor risco de complicaçõ
  2. Eficaz: Muitos pacientes experimentam uma melhora significativa na aparência e nos sintomas das varizes após o tratamento.
  3. Conveniente: Geralmente é um procedimento ambulatorial que pode ser realizado no consultório médico, sem a necessidade de internação hospitalar.
  4. Menos dor: A maioria dos pacientes relata apenas desconforto mínimo durante o procedimento.

É importante lembrar que:

  • Nem todos os pacientes são candidatos ideais para o tratamento de espuma, e é essencial consultar um médico especializado para determinar a melhor opção de tratamento para cada caso.
  • O tratamento de espuma pode exigir mais de uma sessão para obter os resultados desejados.
  • Após o procedimento, é importante seguir as instruções do médico, que podem incluir o uso de meias de compressão e a prática de atividade física regular.

Em resumo, o tratamento de espuma para varizes é uma opção segura e eficaz para muitos pacientes que desejam aliviar os sintomas e melhorar a aparência das varizes. No entanto, é importante discutir todas as opções de tratamento com um médico qualificado antes de tomar uma decisão.

O que é Lipedema

Muito tem se falado sobre lipedema atualmente. Mas o que é lipedema?

Vamos entender melhor sobre essa doença?

Sim, lipedema é uma doença, sendo finalmente incluída no CID 11 em 2022 apesar de ter sido descrita em 1940 por Allen e Hines na Mayo Clinic.

Trata-se de uma doença do tecido conjuntivo frouxo, cursando com um acúmulo desproporcional de gordura corporal, principalmente em coxas e pernas, atingindo mais raramente os braços. Ou seja, geralmente temos coxas, pernas e glúteos com muita gordura, com um tronco magro.

Mas não é uma gordura qualquer, é uma gordura inflamada, doente, que forma nódulos, dando um aspecto de celulite e que cursa com dor e inchaço.

Acomete quase na sua totalidade pessoas do sexo feminino e além da dor e do inchaço temos sintomas como hematomas frequentes, e uma característica importante que é uma gordura difícil de perder, mesmo com dieta e atividade física. Sabe aquela pessoa que treina, faz dieta, fica magra na parte de cima, mas continua com pernas muito grossas e com muita celulite? Pois é, isso pode ser lipedema.

Também existe uma associação muito frequente com obesidade (cerca de 50% das pacientes com lipedema têm obesidade associada). E precisamos saber diferenciar o que é lipedema e o que é obesidade.

Existe também uma associação frequente com varizes (cerca de 40% das pacientes com lipedema têm varizes) e com linfedema, que é a dificuldade na drenagem linfática.

O lipedema é dividido em tipos (em que parte do corpo está o lipedema) e em estágios (em que fase da doença a paciente se encontra).

  • Tipo I: acomete o glúteo e quadril
  • Tipo II: acomete glúteo, quadril e coxas
  • Tipo III: acomete glúteo, quadril, coxas e pernas
  • Tipo IV: acomete os braços
  • Tipo V: acomete somente as pernas (do joelho ao tornozelo)
  • Estágio 1: a superfície da pele é normal, ocorre aumento da gordura no tecido subcutâneo e há presença de pequenos nódulos ou bolinhas de gordura por baixo da pele.
  • Estágio 2: a pele é irregular, com um maior acúmulo de gordura e com aspecto de celulite, e os nódulos ficam maiores.
  • Estágio 3: já observamos dobras de gordura, sendo a pele bem mais flácida. Pode haver dificuldade na mobilidade. Podemos palpar também áreas de fibrose devido à inflamação crônica.
  • Estágio 4: é o chamado lipo-linfedema, pois há um comprometimento do sistema linfático.

Devido à sua complexidade, o tratamento do lipedema é multidisciplinar, tendo como base a alimentação anti-inflamatória (que deve ser individualizada), atividade física correta, fisioterapia vascular especializada e controle dos fatores que podem piorar a inflamação como sono, estresse e mau funcionamento do intestino.

 

Síndrome de Congestão Pélvica

O que é?

É uma dor na região pélvica, onde estão os nossos órgãos sexuais internos, com duração maior do que 6 meses, que piora quando a mulher permanece em pé, após atividade física ou durante a relação sexual.

Qual a causa?

É causada pela presença de varizes ovarianas, ou seja, as veias ovarianas se dilatam e ficam insuficientes para realizar o bombeamento do sangue de volta para o coração. Esse sangue acumulado nessa região é que causa a dor.

Por que essas varizes se formam?

Se formam principalmente após a gestação, pois elas se dilatam na gestação e depois não retornam ao normal. Quanto mais gestações, maior a chance de desenvolver varizes pélvicas.

Além da gestação, o uso de anticoncepcionais e inflamações ou infecções nos ovários também podem contribuir para o surgimento das varizes.

Algumas condições também podem fazer com que isso ocorra, por exemplo: síndromes compressivas abdominais (compressões de veias no abdômen que drenam o sangue das veias ovarianas), tromboses de veias ilíacas e veia cava, dificultando também a drenagem das veias ovarianas.

Qual a relação da síndrome de congestão pélvica com a cirurgia vascular?

Essas varizes pélvicas podem ser responsáveis pela presença de varizes em membros inferiores! E muitas vezes precisam ser tratadas antes do tratamento das varizes das pernas, pois podem ser causa de insucesso no tratamento dessas ou causa de recidiva das varizes.

Além disso, as síndromes compressivas abdominais, quando identificadas, são tratadas pelo cirurgião vascular. 

Diagnóstico

O diagnóstico é feito com ultrassom doppler transvaginal, onde é possível identificar essas varizes.

O diagnóstico deve ser complementado com US doppler de veia cava e ilíacas e de veia renal esquerda, para avaliar se há compressão dessas veias.

Além disso, angiotomografia ou angiorressonância podem auxiliar no diagnóstico.

É preciso descartar outras doenças como endometriose, miomas, DST’s que podem também causar dor pélvica.

Tratamento

O tratamento vai depender do quadro clínico de cada paciente, podendo ser feito com medicações e alguns casos requerem a realização de uma embolização. A embolização é um cateterismo dessas veias com a injeção de substâncias ou molas em seu interior, ocluindo-as. 

Além disso, se houver a associação com alguma síndrome compressiva, pode ser necessário também o tratamento, que é realizado na grande maioria das vezes por procedimento endovascular (colocação de stent dentro da veia).

Anticoncepcional e trombose: qual o risco?

Estima-se que uma a cada 5 mulheres no Brasil utilizem anticoncepcional oral. Sabemos dos inúmeros benefícios do uso do contraceptivo hormonal combinado, que além da contracepção atua no tratamento da hipermenorréia, síndrome pré-menstrual, acne e hirsutismo. A longo prazo também tem o benefício de reduzir risco de câncer de endométrio, ovário e intestino.

Mas e o risco de trombose? Existe mesmo?

A resposta é SIM! Existe, porém esse risco é pequeno quando comparamos com outras situações como gravidez e puerpério, que apresentam um aumento bem mais expressivo nesse risco.

Por que o anticoncepcional de estrogênio e progesterona aumenta o risco de trombose?

Por que eles atuam na coagulação do sangue, aumentando nossos fatores de coagulação, responsáveis por iniciar a formação dos coágulos, que quando em excesso causam trombose. Eles reduzem também a ação dos nossos anticoagulantes naturais, fatores que temos no nosso corpo com a função de diminuir a formação desses coágulos.

Todos os anticoncepcionais hormonais aumentam o risco de trombose?

NÃO! Os anticoncepcionais que aumentam o risco são os combinados de estrógeno e progestágeno oral.
Os anticoncepcionais isolados de progesterona, como o oral (Cerazzete) o chip (Implanon), o DIU de levonorgestrel (Mirena) e os injetáveis de medroxiprogesterona (Depo-Provera) não foram associados com aumento do risco de trombose.
Mas atenção! Os adesivos transdérmicos (Evra) e anéis vaginais (NuvaRing) também estão associados com um maior risco (também são combinados de estrogênio e progesterona).

O que é melhor: usar ou não o anticoncepcional?

Bom, isso vai depender muito de cada caso. Sempre devemos avaliar o risco-benefício do contraceptivo, pois como disse, ele também tem inúmeros benefícios, e muitas mulheres que não apresentam outros fatores de risco para trombose, usufruem desses benefícios com segurança.
Portanto, antes de iniciar o uso de um método anticoncepcional sempre consulte seu ginecologista, e se necessário um vascular.

Tromboflebite

Você conhece alguém que já fez alguma medicação na veia e ficou com vermelhidão, dor e calor no braço?

Sabe o que é isto?

Vamos falar um pouco de tromboflebite:

⁃ O que é T R O M B O F L E B I T E?

⁃ É a inflamação de alguma veia superficial, logo abaixo da pele, levando ao seu entupimento

⁃ Em quais locais do corpo pode aparecer?

⁃ O local mais comum é na perna, principalmente em alguma veia grossa, saltada e visível (varizes). Mas também pode ocorrer nas veias dos braços (após uso de alguma medicação ou relacionado com outras doenças)

⁃ Como eu sei que eu tenho?

⁃ É visível na pele uma vermelhidão em forma de cordão e dá pra sentir este “caminho” duro e doloroso quando aperta, como na foto acima.

⁃ Quais as causas disto?

⁃ Esta inflamação, normalmente, acontecem em varizes das pernas, mas pode se agravar e acometer até veias normais, como a veia safena e veias mais profundas. Nas veias dos braços é mais comum após o uso de alguma medicação (antibióticos, longos períodos de internação e vários acessos, antes de endoscopias – sedativos – e tomografias – contrastes, etc), mas quando não tem causa conhecida outras doenças precisam ser investigadas

⁃ Precisa de algum exame para confirmar?

⁃ Não, o diagnóstico é feito ao examinar o paciente. Porém é fundamental realizar um DOPPLER VENOSO das pernas para identificar o trajeto inteiro que foi afetado e avaliar se não existem complicações (como por exemplo trombose venosa profunda).

⁃ O que é o DOPPLER VENOSO?

⁃ Exame de ultrassom que avalia especificamente a circulação das pernas.

⁃ Esta doença é grave?

⁃ Depende: do local da tromboflebite, se houve complicações, se tem outras doenças relacionadas e, principalmente, a causa. Uma tromboflebite geralmente não é grave, mas pode ter complicações graves (trombose venosa profunda, embolia pulmonar, ulcerações da pele, etc). Este é o motivo de precisar procurar um médico para avaliação e diagnóstico correto

⁃ Tá, mas e o tratamento? Precisa de cirurgia? Internação?

⁃ Na grande maioria dos casos o tratamento é somente com remédios para tomar em casa mesmo. Seriam remédios para dor, diminuir a inflamação, compressas mornas no local e “pomadas”para ajudar a reduzir a vermelhidão e a parte endurecida. As cirurgias ficam mais para depois que o processo foi resolvido, aí pode-se pensar em retirar as varizes que causaram o problema. Nos braços é muito difícil precisar de cirurgias.